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  • Estadão
    01/02/2011

    Avião retido pela Justiça será removido de aeroporto
    GLAUBER GONÇALVES

    O Ministério da Defesa, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Infraero assinam amanhã um acordo de cooperação para remover dos aeroportos brasileiros 119 aeronaves que estão sob custódia da Justiça. Retidos por questões de falência, recuperação judicial ou apreendidos por crime, esses aviões ocupam espaço nos aeroportos mais movimentados do País, enquanto as companhias aéreas em operação sofrem com a falta de espaço para suas aeronaves.

    Os trabalhos de desmonte e remoção das aeronaves têm previsão de início em março deste ano, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, informou a Infraero. Segundo o CNJ, a maioria dessas aeronaves já está em estado precário devido ao tempo de ociosidade nos aeroportos e não está em condições de voar.

    O conselho informou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fará um laudo para avaliar quais ainda estão em condições de uso. As que estão sucateadas serão removidas com o auxílio de caminhões do Exército e desmontadas. De acordo com o CNJ, outra possibilidade de destinação das aeronaves são museus, que poderão adquiri-las a preços simbólicos, como o Museu Asas de um Sonho, situado na cidade de São Carlos, em São Paulo.

    Parte das aeronaves está nos pátios de aeroportos administrados pela Infraero e a estatal tem buscado junto às Varas de Falências e, mais recentemente, ao CNJ uma solução para tais casos, com levantamento da situação de cada aeronave e de seu processo. A Infraero informou que, como fiel depositária dessas aeronaves, deve guardar e manter esses equipamentos, tais como eles foram entregues, até a decisão final da Justiça.

    Também assinam o acordo o Tribunal de Contas da União (TCU), o Comando da Aeronáutica, o Tribunal de Justiça de São Paulo, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Anac.

     

     

    O Estado de São Paulo
    01/02/2011

    Carteira de piloto custa pelo menos R$ 45 mil
    Silvana Mautone

    A busca por cursos nas escolas de aviação cresceu cerca de 20% no País só no último ano, apesar dos altos custos. "Para obter uma carteira de piloto comercial, é preciso cerca de R$ 45 mil", diz Andrei Bertulucci, coordenador-geral da Escola de Aviação Congonhas (Eacon), em São Paulo. Mas as despesas não param por aí. Apesar de a legislação exigir 150 horas de voo para a concessão da habilitação de piloto comercial, para ingressar numa grande companhia aérea o mercado geralmente pede pelo menos 1.000 horas de voo. Para acumular esse volume de horas no currículo, muitos pilotos chegam a pagar para voar.

     

     

    Folha de São Paulo
    01/02/2011

    Passageiros pagarão taxas de embarque até 26% mais altas
    Nova tabela será cobrada a partir de 14 de março; aeroportos poderão dar descontos
    ANDREZA MATAIS

    A partir de 14 de março, os passageiros podem ter que pagar até 26,3% a mais de taxa de embarque nos grandes aeroportos brasileiros em viagens nacionais e 22% para destinos internacionais.
    A nova tabela de preços que serão cobrados pelos aeroportos foi divulgada ontem pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
    A tarifa de embarque nacional pode chegar a R$ 24,78 contra os atuais R$ 19,62. Para voos internacionais, a taxa cobrada poderá chegar a R$ 74,50.
    Esses valores levam em conta a possibilidade dada pela Anac de os aeroportos cobrarem valor 20% acima do teto definido pela Anac. O último reajuste foi em 2005.
    Quando os novos preços entrarem em vigor, os aeroportos também poderão conceder descontos de até 100% nas tarifas de embarque. Atualmente os descontos em tarifas aeroportuárias são vetados, assim como a cobrança além do estipulado.
    A expectativa é que os aeroportos deem descontos nos horários de menor demanda. Já nos horários de pico, as taxas podem ser maiores. Ou seja, a tarifa internacional que é US$ 36 (R$ 61,20) pode chegar a R$ 74,50.
    A Infraero disse que foi informada ontem e que "está concluindo proposta de tabela própria, considerando situações de desconto e de reajuste de tarifas".
    As tarifas foram estipuladas com base na produtividade e no custo dos aeroportos. Agora, os terminais terão que cumprir metas de eficiência para ser autorizados a reajustarem o valor.
    Para definir as metas, a Anac fez, pela primeira vez, um ranking que apontou os aeroportos menos eficientes do país. A lista é encabeçada pelo Galeão, no Rio de Janeiro, seguido dos aeroportos de Manaus e de Maceió.
    Entre os 16 maiores aeroportos do país, o de Guarulhos é o oitavo pior. Já Congonhas ficou em 14º no ranking elaborado pela Anac.

     

     

    Valor Econômico
    01/02/2011

    Ryanair tem prejuízo de 10,3 milhões de euros
    Steve Rothwell

    A companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou ontem prejuízo de € 10,3 milhões no trimestre encerrado em 31 de dezembro e ressaltou que as despesas com combustíveis podem ser uma ameaça para empresas aéreas menos rentáveis, já que a crise no Egito mantém pressões sobre os preços.

    O prejuízo, abaixo dos € 19,5 milhões previstos por analistas, chega depois dos problemas provocados por nevascas e uma greve de controladores de voo, além da pressão exercida pelo preço do petróleo, que passou dos US$ 90 por barril. As vendas da empresa no trimestre subiram 22%, para € 746,3 milhões, segundo a empresa aérea irlandesa.

    Os contratos futuros de petróleo chegaram a subir 1,7% na sessão de ontem, alcançando US$ 90,87 por barril, e dando sequência à valorização verificada em 28 de janeiro, a maior em 16 meses, após os protestos no Egito terem alimentado receios de que os distúrbios possam se espalhar pelo Oriente Médio.

    A Ryanair tem operações financeiras protegendo 82% de suas necessidades de combustível para o ano fiscal que se inicia em 1º de abril, que travam o preço do barril em cerca de US$ 81, segundo afirmou o diretor de operações da empresa aérea, Michael Cawley.

    "Estamos satisfeitos em estar nessa posição, particularmente com o mercado à vista estando muito mais alto e tendo em vista a volatilidade existente como pano de fundo por causa das incertezas no Oriente Médio", afirmou Cawley, no programa Countdown, da "Bloomberg Television", com Maryam Nemazee.

    "Já estivemos assim antes - muitas companhias aéreas estão frágeis financeiramente e estamos em uma posição fortalecida para tirar partido."

    A posição de hedge da Ryanair e o lançamento de novas rotas para manter mais aviões em operação durante o restante do inverno setentrional permitirão que o lucro líquido anual fique na margem superior da faixa de previsões, que varia entre € 380 milhões e € 400 milhões, segundo comunicado da empresa aérea de Dublin.

    As viagens aéreas na região sofreram interrupções no inverno do hemisfério Norte com as fortes nevascas, que fecharam aeroportos como o de Heathrow, em Londres, e o de Frankfurt.

    Na Ryanair, a neve fez o número de cancelamento de voos de seu terceiro trimestre fiscal mais do que duplicar em relação ao mesmo período do ano anterior, para um total de 3 mil, de acordo com a empresa.

    Levando em conta a previsão anual da Ryanair, a estimativa é de prejuízo em torno de € 40 milhões no quarto trimestre fiscal. As companhias aéreas europeias, especialmente as de baixo custo, que dependem mais dos passageiros viajando a lazer, normalmente ganham menos dinheiro nos meses de inverno, já que o número de clientes diminui.

    A Ryanair, que transportou 72,7 milhões de passageiros no ano passado, ainda está ampliando sua frota e está "em conversas" com os fabricantes. Essas negociações incluem fabricantes russos e chineses, além da Boeing e da Airbus, afirmou Cawley, embora os preços ainda não estejam no nível mais apropriado para se comprar.

    "Não estamos casados com nenhuma fabricante de aeronaves", disse o executivo, em entrevista coletiva em Londres.

     

     


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