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    25/09/2023

    Comissária faz homenagem emocionante para pais durante voo; Vídeo
    Por Renata Giraldi

    Parecia mais uma viagem de avião, como tantas outras. Mas uma comissária de bordo fez a diferença com uma homenagem aos pais durante o voo. Aline Silva, comissária há quatro anos, pela primeira vez, viajou com os pais.

    A declaração de amor intitulada “O dia que eu fiz o voo mais emocionante da minha vida” virou vídeo e encantou a web. Não é para menos: acabou com aplausos e um longo abraço. Lindo demais.

    Com o microfone na mão, a comissária pediu a palavra e se declarou aos pais, que estavam sentados bem na frente a aeronave. “[Vocês] sempre me impulsionam a voar mais alto. Eu gostaria de dizer em público, o quanto eu amo vocês.”

    Declaração de amor

    A comissária, com o microfone na mão, iniciou a fala da forma tradicional, como se fosse passar as instruções de voo, depois mudou o discurso convencional.

    “Hoje especialmente nós temos duas pessoas muito importantes na minha vida. Minha mãe e meu pai que estão sentados ali nas poltronas 6 A e 6 B”, afirmou.

    Aline Silva disse que estava muito honrada de acompanhar os pais no voo.

    “Eu gostaria de dizer: ‘Muito Obrigada, mãe, por superar um dos seus maiores medos’. Que é de voar de avião, por estar aqui comigo compartilhando desse sonho.”

    Em seguida, a comissária agradeceu ao pai. “[Quero] agradecer a você, pai, por ter sempre acreditado em mim e até mesmo quando eu não acredito, sempre ter me apoiado. Eu não seria a comissária que me tornei sem vocês.”

    Antes do pouso, os pais de Aline tiraram foto, claro, na cabine do comandante, como manda a tradição.

    O sorriso estampado no rosto dos pais da comissária cativa.

    Amor pela profissão

    A comissária da Azul Linhas Aéreas mantém uma página no Instagram em que costuma postar várias situações de voos.

    Aline Silva ama a profissão e os colegas.

    Em um vídeo, a comissária relata como sonhou em ter a profissão e poder voar. “Muitas orações”, escreveu.

    Recentemente, a comissária recebeu o prêmio de “Melhor Speech” da turma, aquela que tem a melhor eloquência e fala em público.

    Apoio nas redes

    A declaração de amor da comissária em pleno voo para os pais emocionou os internautas e passageiros.

    “Foi lindo. Você merece tudo isso, uma excelente profissional, não tenho dúvidas do orgulho dos seus pais. Continue voando sempre alto meu amo. Foi um prazer imenso fazer parte”, afirmou uma seguidora.

    Outra que acompanhou a mensagem acrescentou: “Foi lindo. Já sabia todo script e chorei mesmo assim, te amo, você é luz para todos, não é à toa que muitos clientes até choraram. Família linda”.

    Uma mãe se sentiu representada. “Eu tô chorando e não é pouco, e como mãe, quero te dizer que sei o quão grande deve ser o orgulho que eles sentem de você. Parabéns”, afirmou.

    Para uma internauta, foi algo sem preço. “Que lindo. Emocionante. Um momento que não tem preço.”

    Uma seguidora elogiou o respeito da comissária com os pais. “Que é isso. Senti a emoção, parecendo que estava aí dentro com vocês. Linda atitude em horar os seus pais, tens meu respeito.”

    Voando pela 1ª vez com os pais, comissária faz homenagem para eles no ar

     

     

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    25/09/2023

    Razão ou sucesso?

    Não importa qual o segmento ou tamanho do negócio. Não faz diferença se é para aprovar um conceito, uma campanha ou apenas numa conversa profissional. Um dia vai aparecer na sua frente uma encruzilhada com duas placas apontando em direções diferentes com dois destinos claros. De um lado “sucesso” e de outro “razão”.

    A maioria vai ser humilde/simpática e dizer que escolhe sucesso. Mas o ser humano é repleto de surpresas e não sabemos onde o ego e a autoindulgência podem nos levar. Uma das histórias mais emblemáticas sobre razão versus sucesso, é a do voo da Varig, o 254, no dia 3 de setembro de 1989. Existem livros, vídeos, entrevistas do piloto Garcez e do copiloto Zille sobre o tema. Aliás, esse conteúdo deveria ser estudado em escolas de administração e comunicação.

    Qual seria o sucesso de um voo? O bom senso nos fala que seria decolar no ponto A e pousar em segurança no ponto B. Sendo que o que acontece no meio do caminho é até discutível, que seria a razão. Mas levar em segurança os passageiros seria um sucesso quantificável. Nesse voo específico, que ia de Marabá a Belém, alem da tripulação estavam 54 pessoas a bordo. A duração da viagem seria de 50 minutos.

    Após uma hora de voo, a cidade de Belém e suas luzes de cidade grande não eram ainda avistadas pela tripulação. Nesse momento, a investigação do Cenipa e o áudio da caixa-preta do avião mostraram que o piloto foi avisado inúmeras vezes pelo copiloto que estavam seguindo na direção errada. A cada tentativa do copiloto, havia uma contra ordem, um “cale a boca” do piloto. Mesmo diante do fato claro havia uma negação da situação de risco que estavam vivendo. Mas por quê? Bem, depois de duas horas voando perdidos sobre a Amazônia e com o copiloto tentando convencê-lo de que deviam pedir ajuda, o avião cai na noite da floresta. Pousaram sobre a copa das árvores. No momento da queda, morreu um passageiro. Nos três dias subsequentes morreram mais 12 pessoas que se feriram, até o resgate os salvar. Nas entrevistas com o piloto, que sobreviveu, ele sempre culpou o plano de voo onde o destino de Marabá na linguagem da aviação era 027 e no plano de voo veio escrito 0270. A razão do piloto estava numa vírgula fora do lugar, independentemente do resultado trágico.

    Ele também não soube explicar por que se recusou a pedir ajuda quando já estava sem combustível, o que atrasou o resgate e provocou a morte de mais 12 pessoas. A chave para explicar essa atitude veio do copiloto, que disse à investigação que a preocupação do piloto no momento era ter a carreira afetada se ele pedisse ajuda pelo rádio, afinal seria admitir um erro de navegação. Ou seja, se o avião caísse, ele poderia atribuir a culpa à vírgula do plano de voo. E foi em frente em busca da sua razão. Veja, anos de técnica, preparação acadêmica, inteligência, inclusive, articulação social e preparação emocional para pilotar uma máquina de milhões de dólares não foram suficientes para que o piloto entendesse que salvar as pessoas seria mais importante do que admitir que estava errado. Ele condenou diversas pessoas a morte porque isso seria menos doloroso pra ele do que admitir o erro?

    Outro ponto que concluí, a meu inteiro julgamento, por tudo que li, é que ele se recusava a aceitar que um copiloto pudesse ter razão. Foram várias as chances de ter sucesso no voo, que ele desperdiçou. Mergulhando nesse case fascinante vi uma entrevista definitiva do copiloto dizendo que se arrependia de não ter sido mais incisivo com o piloto no início do voo, logo que descobriram o erro. E o piloto Garcez, em entrevista posterior ao acidente, se recusava a assumir qualquer erro sobre a tragédia.

    Querer ter razão é endorfina. Querer o sucesso é disciplina. Lembrando que você mesmo pode formatar o que é ter sucesso e o que é ter razão. Mas, geralmente, sucesso é aquilo que você combina com o mundo, com seu bom senso e valores e, depois, cumpre a sua parte. Mesmo sendo contrariado. E razão, é aquele sentimento de prazer pessoal momentâneo de lacração e de quase nenhuma inteligência. O que você prefere de verdade?

    Flavio Waiteman é CCO-founder da Tech and Soul
    flavio.waiteman@techandsoul.com.br

     

     


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